A trégua da chuva com maiores volumes de mais de duas semanas no Rio Grande do Sul vai chegar ao fim neste fim de semana com a chegada de uma frente fria ao estado que vai acabar com o longo veranico. Diversos pontos do território gaúcho devem ter altos volumes de precipitação, o que põe as autoridades em alerta para possíveis inundações. As informações são da MetSul Meteorologia.
Os maiores volumes de chuva devem se concentrar na Metade Norte do estado. A maioria dos modelos indica uma faixa de precipitação mais volumosa entre o Centro do estado e a Grande Porto Alegre e uma segunda entre o Noroeste e a Serra.
Há um consenso entre os dados de que o Noroeste do Rio Grande do Sul deve ter os mais altos volumes de chuva nos próximos sete dias, com marcas em alguns pontos de 200 mm a 300 mm, e isoladamente até possivelmente superiores, o que é muita água.
Há enorme preocupação da população e governo com o domingo, que pode ter alagamentos, mas é a persistência da chuva semana que vem que é mais alarmante. Isso porque se somará à chuva do domingo com impactos nos rios.
Sob o cenário de chuva que se projeta, em que em só uma semana podem cair 100 mm a 250 mm em vários pontos do estado, os níveis dos rios subirão e alguns podem atingir cotas de inundação.
A partir do indicado pelos modelos de chuva, rios como Jacuí, Taquari e Uruguai devem ter elevação maior, embora longe dos patamares de maio no Taquari e Jacuí. Já o Uruguai no Noroeste deve subir mais do que em maio, já que os volumes no fim de abril e em maio no Noroeste gaúcho foram muito inferiores ao restante do estado.
Deve chover bem menos do que na virada de abril para maio
A frente fria vai trazer chuva tanto no sábado como no domingo para o território gaúcho e que deve ser mais ampla e mais forte no domingo, especialmente entre o Centro do estado e a região Norte da Lagoa dos Patos e Porto Alegre.
A chuva prossegue ainda na segunda-feira com os maiores acumulados mais ao Norte do estado, especialmente no Noroeste gaúcho que pode ter uma segunda com volumes elevados de precipitação. Uma vez que o Rio Grande do Sul ainda enfrenta os efeitos do grande desastre, a chuva traz preocupação com muito lixo e entulhos nas ruas, redes de esgotos comprometidas e rios assoreados.
Apesar da previsão de volumes altos, deve chover muito menos que na virada de abril para maio. Por isso, a insistência da MetSul de que não é uma repetição daqueles dias de meio de outono. A chuva volta, felizmente, após uma primeira metade de junho de precipitação abaixo da média, o que permitiu que os rios baixassem, embora o Guaíba e a Lagoa dos Patos sigam acima do normal.
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